Texto Datilografado elaborado pela própria Altamira
visando publicá-lo como livro, em três partes:
I-ANTES DA GUERRA
II-DURANTE A GUERRA (a partir de seu diário manuscrito)
III-APÓS GUERRA
PERÍODO DE PREPARAÇÃO APÓS CONVOCAÇÃO
11 de maio de 1944
Enfermeiras selecionadas para treino afim de serem futuras monitoras
Da direita para a esquerda:
1- Carmem Bebiano
2- Virgínia M.N. Portocarrero
3- Lúcia Osório
4- Maria de Lourdes Vasconcelos
5- Ignácia de Melo Braga
(PARTE I)
÷ NOMEAÇÕES ÷
O “Diário Oficial” (Secção I), de
quinta-feira, dia 6 de Abril de 1944, pág.nº.6.165, publicou o seguinte:-
÷ GABINETE DO MINISTRO ÷
Expediente do dia 5 de Abril de 1944
O Ministro de Estado da Guerra resolve
nomear enfermeiras de 3ªCLASSE, do “Quadro de Enfermeiras da Reserva do
Exército”.
Quadro esse
criado pelo Decreto-lei nº 6097, de 13 de dezembro de 1943. Exclusivo provedor
de enfermeiras militares, para a Força Expedicionária Brasileira.
“A enfermeira incluída no referido Quadro
fica pertencendo a Reserva do Exército, até a idade de 48 anos, inclusive.
Enquanto pertencer à Reserva do Exército e quando
em serviço ativo por efeito de convocação, fica a enfermeira sujeita à
legislação militar em vigor, no que lhe for aplicável.”
÷ § ÷
As primeiras nomeadas foram as da nossa 1ª
turma do D.F. e, em seguida, foram sendo as demais, à medida que terminavam o
curso, perfazendo um total final de 215 enfermeiras.
Éramos todas iguais, sem diferença de
classe. Não tínhamos posto, pertencíamos a um círculo à parte, fato esse
que não estava bem certo, em virtude do respeito a que nos deviam conceituar o Exército
e o Povo, pois se tratavam das primeiras brasileiras militares, que deveriam
envergar o uniforme do Exército.
E, pela primeira vez na história militar de
nossa Pátria, a mulher brasileira tem a honra de ingressas oficialmente,
para participar de uma guerra e, no estrangeiro!
Nunca em nossa vida, vimos tantas enfermeiras,
com uniformes diversos, mesmo engalanados, transitar pela cidade inteira,
durante o período de intensa agitação geral, causada pelos efeitos próximos da
guerra!
Como o “D.C.” contem algumas colegas que
não foram, extrairei uma Relação à parte, que irá no final do livro.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
O manuscrito original do autointitulado “Diário de Guerra” - nome que a própria autora (Altamira) dá ao seu diário, encontra-se sob a guarda permanente do “Centro de Documentação da II Guerra Mundial Cap. Enf. da FEB Altamira Pereira Valadares” e possui dois volumes de encadernação simples. O primeiro compreende o período de [28/08/1944 com excertos desde o dia 04/08/1944 a 28/04/1945] e o segundo volume, de 29/04/1945 a 22/08/1945. Além dos dois volumes manuscritos, Altamira datilografou o que ela chamou de livro com a sugestão do título ”Febianas”, numa releitura pessoal entre os anos de 1961 a 1970. Foi nesse livro datilografado que a autora inseriu fotos, cartas, desenhos, etc. já com desejo de publicação de seus relatos. Vale ressaltar que entre os diários manuscritos e o livro datilografado há supressão ou acréscimo de impressões e relatos.
Nota do Centro de Documentação: O texto datilografado por Altamira foi transcrito com a atualização da ortografia, mantendo a integridade das palavras e pontuações, mesmo quando aparentemente foram utilizadas de forma equivocada pela autora.
É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo sem a prévia autorização do Centro de Documentação da II Guerra Mundial Cap. Enf. Ref da FEB Altamira Pereira Valadares.
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