sexta-feira, 31 de julho de 2020

RETROSPECTO

Texto Datilografado elaborado pela própria Altamira visando 
publicá-lo como livro, em três partes:

I-ANTES DA GUERRA
II-DURANTE A GUERRA (a partir de seu diário manuscrito)
III-APÓS GUERRA
Enfermeira Elza Miranda carregando a enfermeira Sylvia (?)

(PARTE I)

÷ Retrospecto ÷
     Fazendo um ligeiro resumo em retrospecto sobre a Enfermagem vamos notar que: o Brasil imenso, atualmente, ainda não dispõe de número suficiente de enfermeiras para atender a sua população civil e militar, mesmo em tempo de paz, dentro do seu território nacional. Caminha a passos lentos. O seu coeficiente é extremamente pequeno de enfermeiras profissionais e práticas.
     E, em face da situação periclitante causada pela 2ª. Grande Guerra Mundial, que avassala o Velho Continente, desde 1939, nosso país, precavido se prepara, para no caso de possível necessidade, estar em condições de aliar-se às Nações Unidas, dando o máximo e o melhor de sua colaboração, para conseguirmos o nosso objetivo comum: a
LIBERDADE E A PAZ UNIVERSAL!
     Em vista disso, foram criados diversos Cursos: Complementar, já referido e de Emergência, tais como: Voluntária-Socorrista e Samaritana, etc. organizados por órgãos particulares, pela “Cruz Vermelha Brasileira” e Prefeitura.
     Para eles acorreram, creio que milhares de candidatas, desejosas de em aprender pelo menos, o máximo de conhecimentos que estes cursos possam dar, afim de alguma coisa fazer de útil aos seus semelhantes, caso seja inevitável a penetração deste conflito, entre nós. Ainda os Cursos de “Defesa-Passiva” e Sociais.
     Declarada a guerra, o Exército intensifica suas atividades.
     Em 1944, então a dificuldade era maior, ano em que esse Órgão precisou desses elementos para integrar no Quadro de Saúde da “Força Expedicionária Brasileira”.
     Apesar de tudo que já fora feito, mesmo assim, não se sentindo bastante seguro, para esse quadro, resolve criar um Curso Militar, pela primeira vez, na sua vida histórica.
-§-


INFORMAÇÕES ADICIONAIS: 
O manuscrito original do autointitulado “Diário de Guerra” - nome que a própria autora (Altamira) dá ao seu diário, encontra-se sob a guarda permanente do “Centro de Documentação da II Guerra Mundial Cap. Enf. da FEB Altamira Pereira Valadares” e possui dois volumes de encadernação simples. O primeiro compreende o período de [28/08/1944 com excertos desde o dia 04/08/1944 a 28/04/1945] e o segundo volume, de 29/04/1945 a 22/08/1945. Além dos dois volumes manuscritos,  Altamira datilografou o que ela chamou de livro com a sugestão do título ”Febianas”, numa releitura pessoal entre os anos de 1961 a 1970. Foi nesse livro datilografado que a autora inseriu fotos, cartas, desenhos, etc. já com desejo de publicação de seus relatos. Vale ressaltar que entre os diários manuscritos e o livro datilografado há supressão ou acréscimo de impressões e relatos.

Nota do Centro de Documentação: O texto datilografado por Altamira foi transcrito com a atualização da ortografia, mantendo a integridade das palavras e pontuações, mesmo quando aparentemente foram utilizadas de forma equivocada pela autora.


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