sábado, 1 de agosto de 2020

LÍNGUAS


Texto Datilografado elaborado pela própria Altamira 
visando publicá-lo como livro, em três partes:


I-ANTES DA GUERRA
II-DURANTE A GUERRA (a partir de seu diário manuscrito)
III-APÓS GUERRA


(PARTE I)

÷ LÍNGUAS ÷

     Ao mesmo tempo, nos foram dados conhecimentos de línguas (isto é, das mais faladas, ou sejam, internacionais), francês e inglês. Ambas, eu já as havia estudado anteriormente, no ginásio, Instituto Brasil-Estados Unidos, assim como de há muito vinha trabalhando e estudando em contato com os norte-americanos. Mas, nunca soube o suficiente para falar fluentemente. É preciso muito treino e constância.
     Sobre francês, tivemos um professor, (creio que Sr. Varela), designado pela D.S.E., que nos enriqueceu com um útil vocabulário de defesa.
     Sobre inglês, consegui na embaixada Norte-americana, quantidade suficiente para todas, do célebre “Safa-Onça”, de inglês básico, compilado por Harry C. Conners, (Chief Yeoman, USN.), que ofereceu aos companheiros da Marinha do Brasil.
     Durante um plantão no “H.C.E.”, uma vez, pedi à irmã, que desse seu parecer sobre os meus conhecimentos de francês, após ligeiro exame e, ela, me disse que eu sabia francês. Fiquei crente que era verdade! Sou de boa fé. Entretanto quando em Casablanca tive que pedir ao árabe que levasse minha bagagem ao aposento do hotel, não consegui falar uma só palavra! Tive que me defender com a mímica!
     Também a colega Nair, que nunca se despregava do seu “Safa-Onça”, durante o discurso do Comandante em ACRA, interrompeu-o empregando um termo inadequado, que motivou uma gargalhada geral.
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INFORMAÇÕES ADICIONAIS: 


O manuscrito original do autointitulado “Diário de Guerra” - nome que a própria autora (Altamira) dá ao seu diário, encontra-se sob a guarda permanente do “Centro de Documentação da II Guerra Mundial Cap. Enf. da FEB Altamira Pereira Valadares” e possui dois volumes de encadernação simples. O primeiro compreende o período de [28/08/1944 com excertos desde o dia 04/08/1944 a 28/04/1945] e o segundo volume, de 29/04/1945 a 22/08/1945. Além dos dois volumes manuscritos,  Altamira datilografou o que ela chamou de livro com a sugestão do título ”Febianas”, numa releitura pessoal entre os anos de 1961 a 1970. Foi nesse livro datilografado que a autora inseriu fotos, cartas, desenhos, etc. já com desejo de publicação de seus relatos. Vale ressaltar que entre os diários manuscritos e o livro datilografado há supressão ou acréscimo de impressões e relatos.

Nota do Centro de Documentação: O texto datilografado por Altamira foi transcrito com a atualização da ortografia, mantendo a integridade das palavras e pontuações, mesmo quando aparentemente foram utilizadas de forma equivocada pela autora.

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