domingo, 2 de agosto de 2020

PÁSCOA DOS MILITARES E DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA


Texto Datilografado elaborado pela própria Altamira 
visando publicá-lo como livro, em três partes:

I-ANTES DA GUERRA
II-DURANTE A GUERRA (a partir de seu diário manuscrito)
III-APÓS GUERRA


(PARTE I)

÷PÁSCOA DOS MILITARES E DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA÷

-7/5/44-
     Enquanto os preparativos se intensificavam, tínhamos sempre que atender às diversas solenidades cívico-militares e demais homenagens do povo.
     E, pela primeira vez na vida, nós enfermeiras envergamos com orgulho o uniforme militar numa cerimônia religiosa, ao lado das Forças armadas de nosso país. A missa foi celebrada nos jardins do Campo de Santana, pela manhã. Teve início, após o toque de sentido à tropa que se achava formada diante do altar da Pátria e, em seguida feita a entronização da Bandeira Nacional, pela Guarda de Honra dos Dragões da Independência. Durante este ato profundamente comovente, se fizeram ouvir cânticos sacros, na voz de um belo soprano (Nadir de Mello Castro) e possante barítono (Francisco Galvão).Estiveram presentes cerca de cinco mil militares do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Guarda Municipal, além do General Eurico Gaspar Dutra, ministro da guerra, representantes do ministério de Estado, do Prefeito do D.F., os generais: Firmo Freire, Chefe da Casa Militar da Presidência da república, João Batista Mascarenhas de Moraes, comandante da 1ª D.I.E., Maurício Cardoso, chefe do Estado-Maior do Exército, Christovão Barcellos e outras altas patentes das forças armadas, o Nuncio Apostólico Monsenhor Aloisi Masela, representantes do Corpo Diplomático, altas autoridades civis e elevado número de pessoas. Milhares de militares e civis tomaram o sacramento da comunhão, tendo o padre Helder Camara pronunciado um eloquente sermão. Foram distribuídas três mil e quinhentas medalhinhas de Nossa Senhora, aos fieis presentes. Anunciou o final dessa imponente cerimônia, uma revoada de pombos, cruzando no espaço as suas asas brancas.
Nota: Ilustra a foto 27 A – APV

INFORMAÇÕES ADICIONAIS: 


O manuscrito original do autointitulado “Diário de Guerra” - nome que a própria autora (Altamira) dá ao seu diário, encontra-se sob a guarda permanente do “Centro de Documentação da II Guerra Mundial Cap. Enf. da FEB Altamira Pereira Valadares” e possui dois volumes de encadernação simples. O primeiro compreende o período de [28/08/1944 com excertos desde o dia 04/08/1944 a 28/04/1945] e o segundo volume, de 29/04/1945 a 22/08/1945. Além dos dois volumes manuscritos,  Altamira datilografou o que ela chamou de livro com a sugestão do título ”Febianas”, numa releitura pessoal entre os anos de 1961 a 1970. Foi nesse livro datilografado que a autora inseriu fotos, cartas, desenhos, etc. já com desejo de publicação de seus relatos. Vale ressaltar que entre os diários manuscritos e o livro datilografado há supressão ou acréscimo de impressões e relatos.

Nota do Centro de Documentação: O texto datilografado por Altamira foi transcrito com a atualização da ortografia, mantendo a integridade das palavras e pontuações, mesmo quando aparentemente foram utilizadas de forma equivocada pela autora.


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